Sob o ponto de vista da saúde, durante muito tempo, os imigrantes
Pomeranos viveram a mercê da própria sorte.
Os imigrantes se instalaram em meio às matas, distante de
pequenos centros. Em função disto o médico mais próximo se encontrava em Porto
de Cachoeiro, distante um dia de caminhada em uma “picada” na mata, numa trilha
íngreme. Deste modo muitos colonos feneceram a caminho em busca de remédios e
médicos, ou mesmo em casa sem poder fazer nada.
Para tratar de enfermidades que frequentemente atingia o
povo Pomerano, fazia-se o uso de orações e benzimentos, que eram transmitidos a
muitas gerações, de pai para filho. Esta era a única forma de tratamento para
com a saúde, pois não se fazia uso de ervas medicinais e chás, afinal, os
colonos desconheciam as plantas nativas desta “nova terra”.
Quando uma mulher ia dar a luz, chamava-se para fazer o parto, mulheres com mais experiência, uma mulher comum denominada "parteira", sem formação alguma. Retirava o bebê sem instrumento algum; e em meio a folhas de bananeira, nasciam as crianças.
Somente a partir de 1906, os pastores passaram a dar
orientações aos colonos sobre doenças comuns, formas de tratamento e informações
sobre ervas nativas; após isso, tornou-se muito comum o uso de ervas e chás
como principal remédio.
Somente um bom tempo depois os Pomeranos tiveram acesso a "hospitais".
Somente um bom tempo depois os Pomeranos tiveram acesso a "hospitais".
Foto tirada no acervo do Museu do Colono em Santa Maria de Jetibá. Instrumentos de medicina. |